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A dificuldade de manter uma ereção não é apenas um problema sexual — é um sinal do corpo pedindo atenção. Ela pode indicar questões físicas, emocionais ou até o início de doenças crônicas.

O pênis, afinal, responde à saúde geral: o que afeta o coração, o sono, os hormônios ou a mente também afeta a ereção. Entender isso é o primeiro passo para cuidar de si com mais consciência.


Por Que a Ereção Falha?

A ereção depende da circulação, dos hormônios, do sistema nervoso e do equilíbrio emocional. Quando algo falha em um desses pontos, o corpo responde.
 Veja as principais causas conhecidas:

1. Problemas Circulatórios

O sangue é o combustível da ereção. Quando o fluxo não chega bem ao pênis, o corpo não responde como deveria.
 Hipertensão, diabetes, colesterol alto e tabagismo estão entre os maiores inimigos da função erétil. São doenças silenciosas, mas que comprometem os vasos e, com o tempo, reduzem a firmeza e a duração da ereção.

2. Uso de Medicamentos

Certos remédios — como antidepressivos, anti-hipertensivos e antipsicóticos — podem ter efeitos colaterais que interferem na resposta sexual. O problema geralmente surge após uso prolongado e deve ser avaliado junto ao médico que prescreveu o tratamento.

3. Alterações Hormonais

A queda da testosterona é uma causa frequente de falta de libido e ereção fraca. Distúrbios da tireoide (hiper ou hipotireoidismo) também afetam o equilíbrio hormonal e, por consequência, a vida sexual.

4. Questões Emocionais

A mente é o órgão sexual mais sensível. Ansiedade, depressão, medo de falhar e estresse são gatilhos comuns. O cérebro interpreta essas emoções como “alerta de perigo” e bloqueia o estímulo erétil.

5. Doenças Neurológicas

Cerca de 20% dos casos de disfunção erétil têm origem neurológica. Condições como esclerose múltipla, Parkinson, AVC ou lesões na medula interferem na comunicação entre cérebro e pênis, dificultando a resposta sexual.


Como Prevenir a Falta de Ereção

Grande parte dos casos tem relação direta com o estilo de vida. Cuidar da saúde diária é a melhor forma de prevenir o problema:

  • Mantenha uma alimentação equilibrada

  • Pratique atividade física regularmente

  • Evite álcool, cigarro e drogas

  • Controle o peso

  • Durma bem e reduza o estresse

  • Faça check-ups anuais

Pequenas mudanças geram grandes resultados. O corpo reage quando você o trata bem.


Tratamentos Disponíveis

O tratamento ideal depende da causa — e deve ser conduzido por um profissional especializado. A automedicação ou o uso de “soluções milagrosas” pode agravar o problema.
 Conheça as principais abordagens médicas:

Terapia por Ondas de Choque

Essa técnica usa ondas de baixa intensidade para estimular a circulação local e melhorar a oxigenação dos tecidos.
 É um procedimento não invasivo, indolor e sem efeitos colaterais, indicado para casos de disfunção vascular, diabetes ou doença de Peyronie.

Tratamentos Farmacológicos

Os medicamentos inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (como o sildenafil e similares) são seguros e eficazes para a maioria dos homens. Devem ser usados com prescrição e acompanhamento médico.

Tratamento Não Farmacológico

Quando a origem é vascular ou comportamental, o foco é mudar o estilo de vida: alimentação, exercícios, sono e controle do estresse. A melhora do corpo vem acompanhada da melhora da função sexual.


Quando Procurar um Especialista?

Eventualmente falhar é normal. Mas quando o problema se repete, causa frustração, afeta o desejo ou prejudica o relacionamento, é hora de buscar ajuda.

O sexólogo ou urologista investigará a causa — física, emocional ou mista — e orientará o tratamento adequado.

A falta de ereção não define masculinidade, mas pode revelar algo importante sobre sua saúde.
 Ignorar o sintoma é adiar o cuidado com o próprio corpo.


Dr. Márcio Gadelha
 Sexólogo • Especialista em Terapia Cognitivo-Sexual